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Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

No início da sessão desta quarta-feira (13), senadoras e senadores se revezaram na tribuna para lamentar a tragédia ocorrida em uma escola pública na cidade de Suzano (SP). Conforme divulgado pela imprensa, duas pessoas encapuzadas entraram atirando na escola, matando ao menos oito pessoas na manhã desta quarta. Os dois atiradores cometeram suicídio, totalizando em dez o número de mortos na ação. Há ainda, pessoas feridas no hospital.

O senador Jorge Kajuru (PSB-GO) disse que o dia estava triste e que a tragédia o deixava sem energia. Paulo Paim (PT-RS) lamentou e disse que a sociedade está doente. Ele criticou o crescimento da violência, cobrou mais amor entre os cidadãos, citou Jesus Cristo e Nelson Mandela e sugeriu uma campanha pela paz nas redes sociais. O senador Lasier Martins (Pode-RS) além de lamentar as mortes, manifestou solidariedade às famílias das vítimas

Para o senador Humberto Costa (PT-PE), as mortes em Suzano podem reacender a discussão sobre o controle das armas. Ele lamentou a tragédia e criticou o governo do presidente Jair Bolsonaro, que defende mais acesso às armas por parte do cidadão comum. Simone Tebet (MDB-MS) afirmou que a tragédia pode “nos ensinar”. Ela defendeu mais investimentos em educação e até uma comissão de senadores para discutir ações que promovam a paz nas redes sociais.

— Esses tiros não foram a esmo. Na realidade, os atiradores miraram em todos nós. Não podemos deixar que a comoção e a indignação dobrem a esquina, para logo ali mais uma tragédia atingir outras escolas e outras crianças — declarou a senadora.

A senadora Eliziane Gama (PPS-MA), ao lamentar o massacre, comentou a “forma extremamente cruel” como os atiradores agiram. Ela pediu uma reflexão sobre o uso das armas e cobrou que o governo deixe de lado “a sanha armamentista”. Flávio Arns (Rede-PR) manifestou solidariedade aos familiares e amigos das vítimas. Ele disse que é tempo de refletir e pensar em várias coisas, para termos as condições de uma sociedade sem ódio.

Twitter

Pelo Twitter, muitos senadores também comentaram a tragédia. Jorginho Mello (PR-SC) apresentou seus “sentimentos aos familiares”. Ele disse que o momento é de dor e que “não há como explicar a brutalidade ao se tirar a vida de crianças”. Otto Alencar (PSD-BA) se disse chocado e triste. Para o senador, uma tragédia desta natureza “corta o coração de todos nós que nunca imaginamos ver um horror deste no ambiente escolar”.

Para o senador Omar Aziz (PSD-AM), trata-se de um dia para se lamentar. Ele pediu que Deus conceda a paz a todos. Segundo o senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB), “é preciso rediscutir, com responsabilidade e ponderação, a facilitação do acesso às armas que o governo concede, por decreto”. Eduardo Braga (MDB-AM), Marcelo Castro (MDB-PI) e Rodrigo Cunha (PSDB-AL) também lamentaram o ocorrido em Suzano. Para Cunha, é inaceitável que “nossas crianças e adolescentes não estejam seguros dentro das salas de aula”.

A senadora Leila Barros (PSB-DF) apresentou sua solidariedade aos professores, amigos e familiares das vítimas. Ela ressaltou que “para que o massacre de Suzano não se repita, é preciso retirarmos lições dessa tragédia”. A senadora ainda reafirmou seu compromisso “em aprovar legislações rígidas e eficientes nas questões relativas à segurança dos nossos jovens”.

Desarmamento

Também pelo Twitter, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) manifestou solidariedade a todos os familiares. Na opinião do senador, essa é “mais uma tragédia protagonizada por menor de idade e que atesta o fracasso do malfadado estatuto do desarmamento, ainda em vigor”. De acordo com a polícia, uns dos atiradores tem 17 anos e o outro 25 anos.

O senador Major Olimpio (PSL-SP) disse se sentir “derrotado” com a tragédia, que mostraria “a necessidade da redução da maioridade penal”. Ele registrou que a política de desarmamento é uma “farsa” e fracassou. Em entrevista à Folha, o senador disse que a tragédia “seria evitada se professores estivessem armados”. Em resposta, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) afirmou que a arma do professor é a educação. Para Randolfe, armar todos nas escolas não é solução para a questão da violência escolar e o massacre poderia ter sido ainda maior.

— Esperava o que? Um bang bang entre alunos e professores? Estamos falando de vidas, Major! — argumentou Randolfe.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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